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A palavra sustentabilidade deriva do latim sustentare, que significa sustentar, defender, favorecer, apoiar, conservar. CUIDAR. O conceito de sustentabilidade que todo mundo conhece teve origem em Estocolmo, na Suécia, na Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano (Unche), que aconteceu entre os dias 5 e 16 de junho de 1972.
A partir de então, o termo “sustentabilidade“, foi incorporado no meio político, empresarial e nos meios de comunicação de massa de organizações da sociedade civil. Isso a mais de 50 anos!
A preocupação com a sustentabilidade, ou melhor dizendo, o uso consciente dos recursos naturais, novas alternativas e ações em relação ao planeta e as implicações para o bem-estar coletivo estão em evidência como nunca.
Mas chegamos a uma nova etapa: a sustentabilidade emocional.
A exemplo das consequências da pandemia, das mudanças de modelo mental empresarial, do empoderamento dos trabalhadores quanto aos seus direitos, dentre tantas outras questões, o mundo ainda se sustenta em falhas operacionais e fake News, mas o "novo normal" já faz parte do cotidiano de muitos trabalhadores.
Muitos conheceram o regime de home office, outros já “voltaram” ao presencial, mas talvez ninguém tenha se perguntado como as empresas deveriam acolher e cuidar disso tudo.
Como receber os funcionários em momentos estritamente delicados e que envolvem fortemente um impacto emocional único e ainda conseguir resultados satisfatórios dentro das expectativas laborativas sem trazer tristeza, afastamento e demissões voluntárias e traumatizantes?
Como evitar ou, pelo menos, abrir espaço de fala, para temas que abordam o medo, suicídio, luto, violência doméstica, transtornos obsessivos compulsivos, sem assumir o papel da "comunicação bancária"*? Acreditando que enviando e-mails todos os dias, agendando reuniões presenciais ou remotas com temas deveras mal-conduzidos, ou com o discurso "estamos sempre de portas abertas", teremos uma comunicação efetiva, não violenta e humanizada?
A pandemia trouxe consigo a necessidade de tornar o processo de saída dos escritórios ainda mais rápido e trabalhar de casa foi a única solução, mas "desfazer" esse modus operandi não está sendo fácil para muitos. E já se tem um nome para isso: FORTO, Fear Of Returing to The Office, ou medo de voltar ao escritório.
MOTIVOS:
Até Agosto de 2021 (sim, precisamos resgatar esses dados por eles terem nos alertado dos riscos emergentes relacionados a saúde mental), apenas 32% da população brasileira havia recebido as duas doses das vacinas; e ainda tivemos sérios problemas de consenso nacional sobre a adoção de medidas de proteção coletiva e individual; e ainda, em alguns casos, muitos trabalhadores viam no trabalho remoto, uma oportunidade de melhoria na qualidade de vida.**
Dados da International Stress Management Association no Brasil (Isma-BR) estimam que mais de 33 milhões de brasileiros já tenham sofrido da Síndrome de Burnout. O Brasil já é o país mais ansioso do mundo, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), que calculava que 18,6 milhões de brasileiros possuíam a doença, o que correspondia a cerca de 9% da população total daquele ano de 2021.***
Agora, quase em 2025, e depois de tantas evidências, estudos, normas revisadas, gastos estratosféricos na Previdência Social, etc, você deve entender o porquê de muitas empresas intensificaram as ações voltadas para o bem-estar mental dos funcionários. E não há nada de errado nisso. O mal está na construção de programas pontuais, imediatistas, tempestivos e sem estrutura emocional.
Mais do que oferecer sessões de terapia, salas de descompressão, "vale felicidade" com créditos para fast food, é mais válido e coerente preocupar-se de maneira holística. Segundo a Revista VOCÊ RH Edição 75, se no meio ambiente a regra é que devemos viver em harmonia com os recursos ecológicos para que eles não acabem, na saúde mental nós precisamos encontrar um ponto de equilíbrio entre aquilo que o ambiente exige de nós e o que realmente podemos oferecer sem esgotar as nossas capacidades.
E você, como se sente?
E a sua empresa, é sustentável além da reciclagem e projetos sociais?
Fica a reflexão!
Um grande abraço!
José Willams Gomes - Prof. Will
#pensandoemSST #segurançadotrabalho #sustentabilidade #ESG #criandopontes
*Para Paulo Freire, o termo "bancário" significa que o professor vê o aluno como um banco, no qual deposita o conhecimento. Na prática, quer dizer que o aluno é como um cofre vazio em que o professor acrescenta fórmulas, letras e conhecimento científico até "enriquecer" o aluno. Logo após a escola, os alunos "enriquecidos" serão replicadores daquele conhecimento adquirido. É o ensino tradicional que conhecemos no Brasil.
**Mapa da Vacinação contra COVID no Brasil: https://especiais.g1.globo.com/bemestar/vacina/2021/mapa-brasil-vacina-covid/
*** https://vocesa.abril.com.br/carreira/burnout-os-perigos-do-excesso-de-trabalho/
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